Fotografia profissional, vale a pena investir?

Muitos fotógrafos profissionais iniciaram suas carreiras através da prática da fotografia como hobby, clicando momentos especiais como viagens, encontro com os amigos, familiares e belas paisagens. Através desse hábito, muitos foram desejando aprimorar a sua técnica, realizando cursos e workshops, até que viram seu hobby transformado em algo mais sério e potencialmente profissional. Nesse tempo entre o hobby e a profissionalização, muitos desses fotógrafos foram conseguindo espaço em jornais, revistas, sites especializados, eventos, estúdios e muitas outras oportunidades abertas à prática da fotografia. O que inicialmente começou como uma diversão, transformou-se em uma carreira e um modo de ganhar a vida.

Esses exemplos certamente inspiram outras pessoas que tem a fotografia como o seu principal hobby e que desejam substituir suas carreiras atuais pelo exercício profissional da fotografia. É comum pensar que os fotógrafos têm total controle e autonomia sobre sua rotina e seus horários, que eles lidam o tempo todo com a criatividade e com trabalhos autorais e que a fotografia é um trabalho cujo retorno financeiro é alto. Para alguns, essas ideias são uma realidade, mas para a maioria dos fotógrafos profissionais não é bem assim que funciona.

Pensando nesses mitos e verdades que envolvem o mundo da fotografia profissional, trouxemos nesse texto algumas reflexões sobre se vale a pena investir, ou não, nessa profissão. Acompanhe conosco:

O mito dos horários livres

Se você pensa que esse ofício tem o tempo mais livre e flexível que as outras profissões, você está enganado. O fotógrafo profissional não deixa de ser um prestador de serviços e de trabalhar para clientes, seja em seu próprio estúdio ou cobrindo diferentes eventos, como fatos jornalísticos, festas e acontecimentos em geral. Além disso, ele trabalha fazendo o tratamento das fotografias realizadas, renovando seu portfólio, fazendo cursos, viagens e captando novos clientes. Pode até ser que o trabalho do fotógrafo exceda as 8 horas diárias dos trabalhos convencionais, fazendo com que seu tempo livre seja realmente um mito!

O mito da ausência de patrão

Se um dos motivos para querer enveredar pela carreira de fotógrafo profissional passa pelo desejo de trabalhar por conta própria, saiba que não necessariamente é assim. Antes de conseguir autonomia e reconhecimento para ter o próprio negócio de fotografia, a maioria dos profissionais passa por estúdios, veículos da mídia e agências, não só trabalhando em horários convencionais, mas também sob o olhar dos patrões. E mesmo quando o fotógrafo consegue trabalhar por conta própria, não podemos negar que os clientes também são espécies de chefes. Tirando os que são agradáveis e simpáticos, há os que podem demandar, cobrar, brigar e desvalorizar o seu trabalho.

O mito da fotografia livre e autoral

Se você acha que passará a ser um artista em tempo integral, clicando apenas o que a sua sensibilidade manda, pense outra vez. Em um primeiro momento da carreira, o objeto das suas fotografias serão determinadas pelos clientes, agências e empresas, de modo que o exercício da sua criatividade e sensibilidade poderão ficar em segundo plano. Se você nunca se imaginou sendo um fotógrafo de casamentos e festas em geral, pode ser que você tenha que passar por isso para posteriormente se dedicar a um trabalho de fato mais artístico e autoral.

Dito tudo isso, podemos já esboçar uma resposta à pergunta: vale a pena investir na fotografia profissional? Sim, claro! Desde que o fotógrafo reconheça que o início de qualquer carreira envolve ainda a submissão a certos modelos convencionais, onde o tempo e as exigências são feitas por terceiros. Mas com perseverança, paciência e dedicação, é perfeitamente possível trilhar esse caminho com muito gosto pela profissão e muitos frutos a colher. Quando amamos o que fazemos, todo o trabalho é recompensador.

E então, quer investir na carreira? Deixe um comentário e divida com a gente a sua experiência!